Morte de alemão: Delegado ouve três seguranças
Tribuna do Norte 27/09/2006

Morte de alemão: Delegado ouve três seguranças
Tribuna do Norte 27/09/2006

O delegado regional de João Câmara, Fábio Rogério, ouviu três seguranças da fazenda "Paz", em Barra de Maxaranguape, mas disse que nenhum deles é policial militar. Os depoimentos fazem parte da investigação do assassinato do alemão naturalizado brasileiro Kai Wolfran Lisboa, de 47 anos, no dia 06 deste mês. Em declarações feitas à TRIBUNA DO NORTE dias atrás, o subsecretário Maurílio Pinto afirmou que três policiais militares seriam suspeitos do crime.

Mesmo não sendo policiais os seguranças ouvidos, o delegado Fábio não descarta a suspeita do subsecretário. "Dos três, somente um é antigo na fazenda. Os outros dois são novatos e não sabem de nada. Agora vamos investigar quem são os antigos seguranças para tentar descobrir algumas coisas". No dia de hoje, Fábio Rogério vai ouvir mais algumas testemunhas e diz que outras podem ser intimadas caso surja um fato novo.

"Tomei também o depoimento de uma engenheira agrônoma e ela me deu algumas informações importantes", disse o delegado regional, que afirmou também que pretende concluir o inquérito dentro do prazo legal de 30 dias, encerrando no dia 14 de outubro. Ele disse também que por enquanto não pretende interrogar o sócio da vítima, Peter Weese, que mora na Alemanha e vem ao Rio Grande do Norte esporadicamente, a negócios. "Por enquanto é cedo afirmar que a morte de Kai foi motivada pela briga na justiça entre ele e o sócio".

A causa trabalhista é uma das linhas de investigação para a solução do caso. De acordo com informação da polícia, Kai, que tinha 5% das ações da fazenda "Paz", havia acionado o sócio porque não estaria recebendo corretamente o pagamento dos lucros da empresa. Na segunda-feira posterior ao seu desaparecimento, Kai teria uma audiência com o sócio, mas seu corpo foi encontrado carbonizado e com o crânio esfacelado por tiro de grosso calibre.

A companheira de Kai, Jeani Botelho, prestou queixa dois dias depois do desaparecimento - no dia 08 deste mês. Ela prestou depoimento na subsecretaria de Defesa Social, ao delegado Everaldo Fonseca. O delegado Fábio Rogério, que preside inquérito, ainda não teve acesso ao depoimento dela, mas isso deve acontecer em breve. "Vou me encontrar com o delegado Everaldo para cuidar desse assunto", disse. O delegado diz que ainda há muito trabalho a ser feito, mas garante que o caso vai ser solucionado.

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